Câncer de Intestino
- Dr. Bruno Martins
- 12 de jul. de 2021
- 2 min de leitura

O câncer colorretal, também frequentemente chamado de câncer do intestino, engloba os tumores que acometem o intestino grosso (cólon) e o reto. Representa o terceiro tipo de câncer mais comum no mundo e a quarta causa de morte relacionada ao câncer. No Brasil, o câncer de intestino já é o segundo tipo mais comum, tanto em mulheres quanto em homens. Estima-se que cerca de 41 mil pessoas sejam diagnosticadas anualmente, segundo aponta o Ministério da Saúde.
Os principais fatores de risco associados ao desenvolvimento do câncer do intestino são: idade acima dos 50 anos, casos de câncer na família, obesidade, alimentação pobre em fibras (comer poucas frutas e verduras), consumo excessivo de carnes vermelhas e processadas, cigarro, consumo de bebidas alcoólicas, não praticar atividades físicas. Algumas doenças também podem estar associadas a um maior risco de câncer intestinal, como, por exemplo, a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Existem também doenças genéticas que levam ao desenvolvimento do câncer de intestino, como a síndrome de Lynch e a polipose adenomatosa familiar.
Os principais sintomas associados ao câncer de intestino são presença de sangue nas fezes, dor abdominal, emagrecimento rápido e não intencional, fraqueza, alterações do funcionamento intestinal (diarreia, constipação, mudança no formato das fezes).
A colonoscopia é o principal método para prevenção e diagnóstico do câncer intestinal. Esse exame permite a detecção e a retirada dos pólipos, que são pequenas elevações que surgem na parede do intestino grosso e do reto, sendo associados ao desenvolvimento do câncer. Recomenda-se a realização do exame a partir dos 45 anos. Pessoas que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal (casos de câncer ou pólipos na família) devem iniciar a prevenção aos 40 anos ou 10 anos antes da idade que o familiar de primeiro grau apresentou o câncer.
O pilar fundamental do tratamento é a cirurgia, que consiste na retirada do segmento intestinal afetado pelo câncer e dos linfonodos (tecidos de defesa que se encontram ao redor dos órgãos). Em alguns casos, pode ser necessário realização de quimioterapia ou radioterapia. O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor.
O diagnóstico precoce da doença é importantíssimo, pois, aumenta as chances de sucesso com o tratamento. Quando a doença está disseminada, com presença de metástases no fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.
Fontes:
2- Pinto, Arthur Bispo de Almeida; Campos, Brenda Pereira; Martins, Bruno Augusto Alves. Prevenção do Câncer Colorretal. As Principais Doenças do Aparelho Digestivo - Um Guia Prático para Pacientes. 1ed.: Even3 Publicações, 2021, v., p. 102-106.
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